Resumo
Sistemas agroflorestais utilizando Eucalyptus para a produção de biomassa florestal podem ser considerados como uma alternativa de produção para pequenos produtores no sudeste do Brasil, porque além de integrar a produção de biomassa com a produção de alimentos, reduz o impacto ambiental das plantações em grande escala. Neste trabalho os rendimentos do consorcio de Eucalyptus urophylla com arroz e feijão foram avaliados e comparados com os rendimentos de seus respectivos monocultivos, durante dois anos. No primeiro ano, não foram encontradas diferenças significativas entre os sistemas agroflorestais e os monocultivos de E. urophylla, arroz e feijão em ambas estações (seca e chuvosa). No segundo ano, E. urophylla em monocultivo apresentou uma produtividade mais baixa quando comparada com o E. urophylla consorciado com culturas agrícolas. Por outro lado, as culturas agrícolas consorciadas com E. urophylla apresentaram uma redução na produtividade quando comparados com seus respectivos monocultivos. O modelo do índice de equivalencia de area (IEA) confirmou as vantagens dos sistemas agroflorestais sobre os monocultivos tanto para E. urophylla como para arroz e feijão, ao menos nos dois primeiros anos, quando o principal objetivo é a produção de biomassa florestal.