O colapso da barragem de rejeitos de Fundão em novembro de 2015 em Minas Gerais, Brasil, resultou na liberação de aproximadamente 36 milhões de metros cúbicos de partículas do tamanho de argila e areia fina para o meio ambiente. O derramamento se estendeu por mais de 600 km na bacia hidrográfica do Rio Doce, afetou os ecossistemas terrestres e aquáticos e comprometeu as atividades socioeconômicas em toda a bacia hidrográfica. Numerosos programas de monitoramento e pesquisas na bacia, desde então, contribuem para uma melhor compreensão das consequências ambientais e para os planos de reabilitação da paisagem. A Sociedade de Toxicologia e Química Ambiental (SETAC) da América Latina sediou o Encontro Científico sobre a Ruptura da Barragem do Fundão em Brasília, Brasil, em junho de 2019, para relatar os resultados desses estudos. Quatorze artigos técnicos dessa reunião são apresentados nesta série especial da revista Integrated Environmental Assessment and Management (IEAM). Esses artigos e as discussões técnicas do encontro refletem as opiniões consensuais dos cientistas que participaram do simpósio. Os delegados em geral concordaram que a sociedade deve se comprometer com a reabilitação após desastres com base na melhor evidência disponível que descreva a estrutura e a função dos ecossistemas afetados. Os cientistas podem desempenhar um papel crucial na priorização e facilitação de ações de reabilitação, bem como no acompanhamento da evolução do cumprimento das metas. Integr Environ Assess Manag 2020;16:569–571. © 2020 SETAC